segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Tempo está parado, ou pelo menos assim esperava que fosse.


Viro minhas costas para o vento para tentar recuperar meu fôlego antes de eu começar novamente a guiar meu destino, sem nenhum momento a perder.

Minha armadura está fina demais.Eu gostaria de parar para reforçá-la pois não importa o quanto eu finja, sempre estarei frágil, quando disposta á sentimentos.
Como uma peregrina que aprende a transcender, aprende a viver como se cada passo fosse o último, como se cada suspiro fosse precioso de mais para deixá-lo esvair-se.

O tempo está parado e não estou olhando para trás, mas quero olhar ao meu redor agora para ver mais das pessoas e dos lugares que me rodeiam.

Eu realmente gostaria de congelar alguns momentos por um pouquinho mais de tempo. Fazer cada sensação um pouquinho mais intensa antes que a experiência se perca, e eu leve de tudo, apenas a lembrança do que vivi.

Viro meu rosto para o sol e fecho meus olhos, abaixo a guarda e deixo cicatrizar aos poucos todos estes ferimentos que não posso curar de imediato.

Deixo meu passado passar rápido demais, sem tempo para parar e se eu pudesse desacelerar tudo como alguma capitã cujo navio encalha para que eu possa esperar até que a maré retorne, eu o faria, sem sombra de dúvidas.

Gostaria de fazer cada cada impressão um pouquinho mais intensa,  queria congelar este movimento e estes abraços quentes no meio da noite, um pouquinho mais.

A inocência se perde aqui, e deixamos nossos princípios de lado, para viver tudo que se pode viver, ou ao menos o que nos permitimos, porque em todos os aqueles dias o tempo parou, e eu percebi o tesouro que tinha nas mãos, e que estará sempre guardado, no lugar mais profundo e especial que possuo.

O verão está passando rápido e as noites ficando mais frias, as crianças crescendo,velhos amigos ficando mais velhos, novos amores se perdendo, nova vida tomando rumo.

Só queria fazer com que estes momentos congelassem mais um pouco...



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